14 de janeiro de 2011

Para que o feminismo não morra...

Um começo de noite durante a semana, após um dia inteiro de trabalho, toca o telefone. Um amigo de muitos anos pergunta como estou e me convida para tomar uma cervejinha. Ih! (pensei) Deu briga "no barraco"!
Homens são assim... Se um amigo te liga durante a semana chamando para tomar cerveja, já sabe que deu briga entre ele e a esposa. Fiz o "sacrifício" de tomar a cervejinha, afinal de contas o cara é amigo de infância! Dito e feito... Falou da mulher, dos enjôos de gravidez, da santa paciência que maridos têm nessa hora para fazer caprichos (como acordar de madrugada para comprar sorvete de creme), choros constantes, responder "questionários" que parecem não ter resposta certa... JURO! (já fui casado) Se sua mulher grávida perguntar:
- Amor, eu estou gorda?
Meu amigo! Você está lascado! Se disser que não ela chora e diz que você mente, se disser que sim ela chora e diz que você é insensível. Por isso (macete) diga sempre:
- Amor... Você está grávida.
Funciona maravilhosamente bem! Mulheres grávidas estão com o seu organismo em mudança, uma nova vida se desenvolve dentro delas e ficar muito sensível é natural. Todo homem normal entende. Por essa razão, na hora que você for pego no questionamento aparentemente sem resposta certa de uma esposa grávida, diga apenas essa frase e se veja livre de um aborrecimento que não fará bem para você, para ela e para o bebê que vai nascer.

Eu e meu amigo bebemos umas 4 ou 5 cervejas (nível médio que leva à Filosofia de Bar). Conversamos sobre feminismo e a mulher de hoje... Chegamos a triste conclusão que poucas mulheres estão defendendo legitimamente o feminismo.
Concluímos que existe uma diferença entre FEMINISMO e FEMISMO. O primeiro é um discurso filosófico e intelectual que têm como objetivo a defesa de direitos e uma relação humana livre de opressão por padrões de gênero. É algo de belo e forte construído no século XIX  e início do século XX por mulheres verdadeiramente guerreiras que lutaram pelo espaço que muitas têm hoje na sociedade. É algo para todas sentirem orgulho. Mas o segundo (femismo) é apenas o oposto do machismo. A outra face de uma moeda sem valor. É a ilusão egoísta de uma "superioridade" baseada no gênero.Um discurso vazio cheio de desdém e preconceitos. Algo que desmerece uma grande mulher.
Senhoras! Hoje existe o Homem Moderno. O tipo que vai para a cozinha preparar algo de especial para vocês comerem. Meu amigo parou de cozinhar para a esposa... Sabe por quê? Ele estava na cozinha e ouviu ela falar com a amiga na sala que não pegava nem um copo de água para um homem, pois não era empregada (entre outras barbaridades femistas). Foi o último prato que ele preparou para ela. Concluiu que ela não valorizava o que ele fazia (e não valorizava mesmo, pois levou meses para perceber que ele não cozinhava mais para ela).
Lembramos do caso de outro amigo nosso que disse estar com o mesmo carro à 8 anos. Disse ser o mesmo tempo que têm de casado. Não consegue trocar de carro, mas sua esposa troca todo ano. Sabe por quê? Ela trabalha e gasta seu dinheiro com ela, ele trabalha e gasta com todas as despesas da casa (e eu escuto de mulheres, femistas, que isso é normal e é assim que têm que ser).
É lamentável ver os ideais feministas perdendo espaço para o femismo.
Hoje em dia mulheres gostam de fazer aulas de dança do ventre, duas vezes na semana, com ensaios de apresentação nas sextas-feiras à noite além de sábados e domingos. Mas reclamam do futebol do seu companheiro com os amigos dele. Aonde está o respeito pela individualidade do outro?
Reclamam do homem assistir aos programas dele, reclamam do futebol, reclamam que querem atenção. Mas não procuram essa atenção na hora da novela delas...
O femismo é tão egoísta quando seu irmão gêmeo, o machismo.
Mas sou otimista e acredito, para que o feminismo não morra,  textos como esse conseguem levar à reflexão. Assim como atitudes do dia-a-dia por parte de todas as pessoas que de alguma forma contribuem para um mundo melhor.
No Brasil (por exemplo) o PV trouxe Marina Silva candidata à presidência da república em 2010. Não venceu. Mas entrou outra... Dilma Rousseff. Primeira mulher presidente no nosso país. Acho que todos nós (homens e mulheres) estamos de parabéns por essa emblemática vitória. Que sirva de exemplo para mostrar como construimos muito mais unindo forças entre os gêneros do que disputando espaços para ocupar com o ego.